quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quem é esta mulher?


Quem é ela? Quem é a que avança como aurora? Quem é?

É pura? É santa? É imaculada desde sua concepção? Sim! Mas esses atributos não são os mais importantes ou essenciais. O mais importante e virtuoso que se pode predicar a essa criatura é um sublime fato: É mulher! No mais profundo sentido que existe, no mais feminino que se possa imaginar... Foi serva? Sim foi. E qual foi o seu maior serviço? Ser mãe, gerar dentro de si um fruto, fruto do amor, da doação, do desejo intrínseco que possuía de fazer a vontade do Pai. Ela participou da criação como toda mãe participa, continuando o ato criador de Deus trazendo ao mundo um novo homem. Mas esta mulher não só participou da criação. Mas em si aconteceu A Nova Criação, é o que já afirmava os santos padres. No seu sim disponível, no oferecimento de sua mais intima virtude que é a maternidade. Deixou penetrar a graça que outrora havia se dispersado pelo não da primeira mulher que deu origem ao pecado. Sobre si pairava o Espírito de Deus tal como podemos ver nos primeiros versículos da Bíblia na narrativa da criação. Lá, no Gênesis, Deus disse “faça-se”. No útero desta mulher Deus disse e a palavra se fez carne. O eterno adentrou no limite do tempo e do espaço. Deu-se a luz ao mais profundo mistério da humanidade: um Deus que se fez homem. Este, o novo Adão, não foi moldado no barro como o primeiro, mas no seio de uma mãe. O colo desta mulher não só foi abrigo do Deus e Homem em sua infância, foi nele que o corpo do Salvador foi depositado ao ser descido da cruz.

Que mulher! Que Mãe! Que Serva!

Deus no seu infinito amor soube que só em tamanho coração poderia confiar aquele que seria o Salvador! Só no seio de uma mulher Ele encontraria o solo fecundo, sensível e aconchegante para pronunciar o verbo da maneira mais clara e sensível possível: feito homem!

Ela é a porta que nos dá acesso a este verbo, ela que nos ensina com ternura a esperar a sua vinda definitiva, pois ela foi quem o esperou primeiro em seu ventre.

MARIA é o nome desta mulher, desta mãe, desta serva!

A cheia de graça!


Véspera da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe

Padroeira da América Latina

domingo, 14 de setembro de 2008

Mais um ano se passou...


Muitas coisas novas aconteceram nesses últimos 365 dias.... Transformações.. novos conceitos..novas experiências... Que me ajudaram a crescer... amadurecer e criar coragem de tomar novas atitudes...
Há poucos meses mais um ciclo de minha vida se iniciou...
Ainda estou colhendo os muitos dos frutos dessa nova vida.. E sei que muitos ainda virão... Para onde irei? Sinceramente eu não sei... Uma certeza eu tenho: busco ser a cada dia feliz.
Há quem diz que a adolescência na verdade vai até os 25 anos... Se for verdade estou literalmente começando minha vida adulta... Que tem como marco um passo concreto... Que necessitou de uma coragem que muitas vezes não acreditava ter... Mas pude contar com uma força maior que vem do amor de Deus.... Ah Deus! Sempre misteriosamente se fazendo presente em minha história, muitas vezes contemplando e acompanhando os meus passos... Permitindo situações que me ajudaram a enxergar a realidade da vida... Sei que sempre estará comigo, não importa qual caminho que eu siga.
Neste dia de Nossa Senhora das Dores eu apresento em minha prece a vida de cada um daqueles que fazem parte da minha vida... TODOS os que marcaram esses 25 anos... Seria capaz sim de citar cada uma dessas pessoas, sem exceção, como faço todos os anos em minha oração. Mas por aqui seria inviável. Resumo falando de minha família, sobretudo minha mãe que é mais do que especial em minha vida... Meus amigos, irmãos de verdade... A Igreja e todos os que conheci através dela...
Que Deus nos conceda muitos anos de vida e felicidade!
Beijos e abraços!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Falo... Logo Penso?

Estou há horas parado na frente do computador pensando no que escrever... Penso em muitas coisas, mas não sei o que falar.... Afinal tenho que fazer jus ao nome desse blog...

Agora, será que podemos falar tudo o que nos vem à mente? Tudo o que pensamos é pra ser falado? Eis uma questão a se pensar e falar: quando devemos falar e quando devemos nos calar...

A “liberdade de expressão” é um direito constitucional. Entre os jornalistas é sempre frisada a “liberdade de imprensa”. Isso é fato, mas a consciência e o bom senso vêm antes da norma. Existe um princípio quase esquecido hoje em dia: a ética.

Mas não é preciso entrar no campo da ética para tratar desse assunto, basta ficar no bom senso... Nem sempre é pertinente fazermos determinados comentários ou emitir certas opiniões... É preciso levar em consideração a quem estamos dirigindo em que contexto estamos tratando determinado assunto e se essa pessoa vai interpretar da mesma forma que nós... E ainda mais se quando elas passarem a diante essa informação será com a mesma precisão ou intenção que tínhamos ao falar... Nossa! Se levarmos em consideração tudo isso... É melhor então não falar.. .Permanecer quietos... Ah! Mas assim também “não poooode!” Porque não seria fruto do bom senso, mas medo, pois temeríamos a repercussão do que falamos a quem nos ouve... Toda ação leva a uma reação, e essa reação é natural, faz parte do processo de comunicação.

Okay! Se olharmos por esse lado a solução não é não falar.. Mas sim, sempre pensar antes de falar (por isso “pensa... E fala...”). Só que fiquemos calmos.. Esse processo de pensar antes de falar não é uma grande reflexão filosófica que temos que fazer antes de verbalizar qualquer coisa... Por isso que falei de bom senso. Acontece naturalmente.

O simples fato de sabermos quem somos (ou o que representamos), o que queremos e com quem e onde estamos falando já bastam para sabermos se é ou não pertinente falarmos... Isso não é limitar a nossa liberdade de expressão, mas é exercê-la na sua plenitude, tendo consciência das conseqüências que ela pode nos trazer... E diante das conseqüências nem sempre somos livres... Experimente, por exemplo, bater com um martelo no seu dedo. Você foi livre para martelar o dedo, mas não é livre para não sentir dor... Portanto, tendo ciência disso... Fale o que quiser...

Ah, mas tem outro porém. Além de sabermos se vamos agüentar as conseqüências, devemos pensar nas conseqüências que o que falamos vai trazer para quem nos ouve...Toda informação quando é transmitida altera, de alguma forma, quem a recebe...

Putz! Complicado demais! Será que é melhor ficar calado então? Bem, esse talvez seja o caminho mais fácil... Mas isso também traz conseqüências, a começar pelas dores de estômago, úlceras, estresse, e a terrível sensação de ter sido omisso diante de alguma situação..

Bem, meus caros amigos, não tem escapatória... Pensando ou não o ser humano se comunica... E a única forma de aprender a se comunicar é comunicando-se...

Com bom senso ou não, falaremos o que estiver engasgado... Afinal se pensarmos muito nunca sairá aquele “vai tomar no **” que muitas vezes nos relaxa e liberta da raiva que nos domina...

Então: pensem, falem, comuniquem-se, para não se trumbicarem.

sábado, 6 de setembro de 2008

Marcas indeléveis


Sempre escutei que sacramento é um sinal visível e sensível da graça de Deus em nossas vidas... Aprendi também que na Igreja esses sacramentos são sete... Cada um deles expressa a ação de Deus em nossas vidas. Na verdade já diz o Evangelho de São João que Deus é amor... É por isso que gosto sempre de dizer que para mim existe um oitavo sacramento: a AMIZADE. Ela é a verdadeira expressão da manifestação do amor gratuito, e para não dizer incondicional de Deus em nossas vidas.

Sempre tive esse pensamento comigo. Mas nos últimos meses pude sentir essa realidade com mais clareza.

Quando passamos por mudanças radicais em nossas vidas é natural ficarmos “sem chão”, deslocados... Sem saber ao certo o que será de nós... Em situações como esta nos sentimos sós mesmo se estivermos em um lugar repleto de pessoas.

Nessas horas surgem aquelas pessoas que te fazem acordar para a vida e perceber que você está vivo e que a vida continua... Pessoas que te confortam pelo simples fato de estarem do seu lado. Pessoas que fazem não só fazem questão de participar de nossas vidas e dificuldades, mas que fazem questão que participemos de suas vidas, de suas alegrias...

Alguns nem conhecíamos tanto, mas quando menos esperamos parecem que conhecemos há tanto tempo. Nos cativam e se deixam cativar. E como já diz a máxima de Exupéry: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Em nossas vidas muitas dessa pessoa passam, mas com certeza deixam muitas marcas. Marcas que, como os sacramentos, são indeléveis. Mesmo que por alguma circunstância queiramos esquecê-los nunca conseguiremos, pois mais dia ou menos dia, em alguma situação a lembrança desse registro virá à tona.

A Escritura já diz “Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro”... Já ouvi também que toda amizade é u namoro, pois há intimidade e cumplicidade. Mas também há gratuidade, respeito e privacidade. Principalmente essa última característica, se for violada pode pôr a amizade abaixo.

Quero neste momento agradecer a Deus por se fazer presente todos os dias através desse belo sacramento da amizade. Agradeço também a todos os meus amigos que sofreram e se alegraram comigo nesses últimos meses... Que Deus seja louvado pela vida de cada um de vocês, sem exceção. E para aqueles que as diversas circunstâncias da vida afastaram, saibam que suas marcas sacramentais estão gravadas em minha vida. Que Deus também me ajude a ser sacramento na vida de todos vocês!

Deus caritas est!

terça-feira, 29 de julho de 2008


Já perdoei erros imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger,já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei, já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas," quebrei a cara" muitas vezes!Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo!Não passo pela vida... E você também não deveria passar! Viva!Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante.
Charles Chaplin

terça-feira, 22 de julho de 2008

A função de Deus...


É muito comum quando vêm aos nossos ouvidos aquela passagem bíblica em que o povo de Israel, no período do Êxodo, fez um bezerro de ouro e começou a adorá-lo e cultuá-lo como um deus. Imediatamente interpretamos este trecho como um exemplo nítido de idolatria.
Daí surgem pregações empolgadas que apresentam os “bezerros” dos dias de hoje: o dinheiro, a promiscuidade, a as religiões da “Nova Era” e seus derivados... Enfim, ficaríamos uma eternidade enumerando os ídolos. Às vezes eu penso em pegar um caderninho e começar a notar cada um deles, pois nunca se sabe, podemos ser pegos de surpresa adorando algum deles. Alguns até nem conhecíamos, aí saímos da palestra morrendo de curiosidade pra saber como são.
Bem, nem precisamos aprofundar sobre esse gênero de evangelização, que ao invés de apresentar Deus a partir do que Ele é, fala mais do que Ele não é... Fazendo uma grande propaganda do contrário... Mas isso não vem ao caso...
Só que essa exortação tão preocupada em libertar o povo das “falsas doutrinas” surgiu bem depois, sobretudo quando começou a evangelização dos pagãos, como uma maneira de livrar os gentios de todos os costumes de suas religiões. Tudo bem que muitos elementos pagãos foram assimilados pelo cristianismo, mas mais uma vez não vem ao caso agora...
O importante é que foi esquecido o verdadeiro pecado cometido pelo povo Hebreu naquele episódio: o pecado da manipulação sagrado. Aquele povo ao confeccionar um bezerro de ouro não estava adorando a um outro deus ou praticando o politeísmo. Eles tinham consciência que o Deus deles não era aquela peça de ouro, mas que a partir daquela peça eles estavam cultuando o Deus Iaweh, só que agora ele poderia ser visível a eles, que o conduziam a onde quisessem. Podemos dizer que tentaram limitar Deus em suas mãos (qualquer semelhança com algo que vemos nos dias de hoje é mera coincidência).
Hum... Olhando por esse aspecto a pregação inflamada que citamos antes ganha um novo sentido. Uma vez que o verdadeiro perigo, ou melhor, o perigo a ser sanado primeiro é justamente aquilo que de fato ofende a Deus, tentar manipula-Lo ou dar a Ele uma responsabilidade que não lhe pertence.
“Deus provê, Deus proverá”... É claro que isso é verdade, mas não faça nada pra ver o que acontece... Nada! É muito bonito cantar “Espera no Senhor”, mas lembremos como Moisés e seu povo esperaram no Senhor... Caminhando... Literalmente se lascando no deserto... Fazendo a sua parte.
Pra ficar mais fácil de entender isso, tomemos a frase de Jesus: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor! Senhor! ’ Entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade do Pai”. Vontade do Pai... Essa é outra questão muito deturpada ultimamente. Tudo é vontade do Pai... Nem sei por que Deus nos fez livres... Pois muitos se colocam como marionetes nas mãos de Deus e esperam que Ele faça tudo, que tome até as decisões... Vai esperando então!
Deus após criar o homem e a mulher disse para que eles dominassem a terra e todos os seus animais, não que deixassem a vida os levar pra ver aonde dá...
Esse é o maior dom que Deus nos deu: participar da sua liberdade. Mas ao agirmos com liberdade temos que ter consciência de que temos que acolher as conseqüências. O exemplo do casal no Éden mostra isso claramente.
O povo de Israel não foi obrigado por Deus a sair do Egito, eles necessitavam sair, porém corriam o risco de não conseguir. A única certeza que tinham, pela fé, era que Deus estaria do lado deles, caminhando com eles, não caminhando por eles.
Será que muitas vezes não queremos que Deus caminhe por nós e queremos que Ele mostre o caminho a seguir? O pior é quando interpretamos todos os “sinais” para nos conduzirem àquilo que queremos que seja a vontade de Deus. Olha o bezerro aí de novo!
Quase sempre esperamos que Ele nos dê a certeza absoluta de que a decisão que queremos tomar será a certa. Não esqueçamos: “podereis comer dos frutos de todas as árvores do jardim, menos de uma...” Sabemos discernir entre o bem e mal, isso nos basta! Em qualquer decisão que tomarmos, Deus estará conosco, mas a decisão é nossa.
E como o povo Hebreu, corramos o risco. Quem foi que disse que é proibido se arriscar? O Êxodo que poderia ser feito em 40 dias durou quarenta anos! Deus os abandonou? Não! Muitas vezes agiu com a sua providência? Sim! Porém quem caminhou? O Povo!
“É para que sejamos livres que Cristo nos Libertou” é o que diz o apóstolo Paulo aos Gálatas. Cristo para nos libertar se encarnou, se fez homem e assumiu em tudo a condição humana, exceto no pecado. E teimamos em não assumir os riscos de sermos humanos livres e autores das nossas escolhas. Preferimos, por vezes, ficar com a cabeça nas nuvens esperando que Deus mande tudo pronto. E deixamos de acolher as verdadeiras oportunidades que Deus permite em nossa vida...
Na maioria das vezes nos escondemos atrás do bezerro... E continuamos apenas louvando e cantando... E esperando a vida acontecer sem nunca ousar pôr-se a caminho e adentrar no deserto e caminhar, caminhar... Pensamos que estamos servindo ao Senhor... De certo modo sim. É o Deus verdadeiro, mas infelizmente limitado no bezerro, ou pior na consciência... Num Deus segundo a nossa própria vontade.
Por isso é melhor continuar apenas com a pregação contra as “Falsas doutrinas”, pois não precisaremos mexer no conceito que temos de Deus... Nem na “função” que damos a Ele. É mais cômodo!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Seja Simplesmente Você!

Adaptado do texto de Heloisa Amaral de Souza
Hoje, decidi fazer algo novo.
Decidi ouvir o som, abafado, do meu sussurro e entender que algumas coisas são inexplicáveis e permanecerão, para sempre imutáveis.
Meu coração rendeu-se ao silêncio, e pude perceber que há, também, muitas outras coisas que podem ser lançadas no mar do esquecimento, e, essa atitude, mudar, definitivamente... a história da minha vida.
Olhei-me, atentamente, pela primeira vez e vi-me como, realmente, sou...
Olhei-me sem hipocrisia...
Sem máscaras...Sem desculpas...
Desnudei-me de mim mesmo...
Meu coração guiou-me a um encontro
Com a minha Humanidade.
Pude perceber que tornar-me humana
Significa reconhecer que não sou perfeita,
Que sou passível de errar,
Que não preciso ter todas as respostas.
Percebi que tenho deficiências,
Áreas de sombra...
Desejos ocultos...
Fraquezas que não podem ser confessadas.
Rasguei-me, por dentro, ao confrontar-me
Com minha humanidade.
Percebi que viver no contexto da eternidade
Significa considerar-se infalível,
Ser cheio de arrogância,
Achar-se acima do bem e do mal.
Ser intolerante,
Julgar as pessoas por suas falhas...
Não ser compassivo...
Chegar ao extremo na busca pela perfeição.
Que alto preço a se pagar. Entretanto, não abro mão mais da minha humanidade.
Cometerei erros, terei decepções, sofrerei,
Mas, também, serei mais tolerante,
Menos arrogante...
Mais compreensivo...
E saberei amar, de uma maneira plena,
Livre de pré-conceitos e preconceitos...Essa será minha eterna busca:
Morrer para mim mesmo, e renascer, mais humano, a cada novo dia.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Diamante lapidado

Quero partilhar com vocês uma música que me acompanhou em muitos momentos a minha vida no Seminário... E hoje expressa um pouco do que sinto...

Diamante Lapidado
Celina Borges


"Às vezes eu não entendo as coisas que me acontecem
Sem explicação me vejo sofrendo
Ferido eu não enxergo as faces do sofrimento
Tanta confusão, meus pensamentos
Ah! Se eu pudesse... voltar atrás um pouco no tempo
Ah! Se eu pudesse rever uns erros, amigos e coisas do início
Mas entendo Senhor que me forma com amor
Pedra bruta eu sou... Deus está pronto a me lapidar
Seu ponto de partida é sempre o meu nada
Quer me dar o fruto da intimidade
Na dor Ele me ensina, me acalma e reanima
Quer me olhar, seus olhos querem me encontrar
Em festa ele me espera, me aguarda e esse alegra
Quer falar segredos ao meu coração
Preciso ouvir a Deus, estar em oração
Às vezes eu não entendo, o tanto que estou sofrendo
Deus quer me ensinar, eu sigo aprendendo
Rendido então me dobro, me lanço, me jogo e me prostro
Aos seus pés quero descansar
Ah! Se eu parasse... Pra falar um tanto mais com Deus meu amigo
Ah! Se eu pudesse, amar um tanto mais quem aqui já não existe
Mas agora é você... Não se deixe perder... Recomece a amar... Segue adiante
Deixa Deus lapidar! Deixa Deus te tornar um precioso diamante
Deus está pronto a me lapidar
Seu ponto de partida é sempre o meu nada
Quer me dar o fruto da intimidade
Na dor Ele me acalma, me abraça e não condena
Quer me olhar, seus olhos querem me encontrar
Em festa Ele me espera, me aguarda e se alegra
Quer falar segredos ao meu coração
Preciso estar a sós com Ele em comunhão
Eu quero ser um diamante... em Suas mãos!"

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Parto...

Eis que chegou o dia...o dia de partir...
Começar uma nova vida...
Já começaram as dores do parto..as contrações estão aumentando. A bolsa se rompeu e só exite uma alternativa: nascer...
Todo o parto é uma experiência traumática. Pois a única realidade que conhecemos é a do útero, onde vivemos. Durante a gestação dependemos do útero para viver. Nele nos alimentamos, recebemos proteção, e segurança. Mas chega um momento em que ele não nos suporta, porque crescemos. Aí este mesmo útero, responsável pela nossa sobrevivência, nos empurra para fora, literalmente nos expele.
Temos muito medo, pois não conhecemos para onde iremos. Iremos para o mundo. Teremos que conhecer essa nova realidade.
De repente nascemos... Nus, mal conseguimos abrir os olhos, e a única reação que temos é chorar!
Alguns nascem naturalmente, outros necessitam de uma ajuda externa para sair... e não faltam quem nos dá esse estimulo para nascer.
Nascemos absolutamente sós, esta é a primeira vez que nos deparamos com o fato de sermos indivíduos. Verdadeiros lobos solitários. Ninguém poderá passar pelo parto no nosso lugar.
Mas aí descobrimos que fora do útero existem muitas pessoas que nos esperam. Que estão dispostas a nos ensinar a descobria a vida, o mundo, o nosso caminho. Começamos a dar os primeiros passos, caímos e levantamos. E pronunciamos as primeiras palavras. Enfim, começamos a enxergar uma realidade muito mais ampla, cada vez maior que aquela que vivíamos antes.
Pois é, meus caros, eis que chegou a fase de mais um parto. Um novo ciclo começa em minha vida.
Por isso quero que saibam que todos vocês que já passaram em minha caminhada, deixaram um registro positivo nessa história.
Um novo homem começa a nascer, porém que não anula aquele o que existia antes, mas que parte desse pra ser cada vez melhor e buscar a felicidade! Estava sendo gestado, agora é hora de assumir a vida e crescer.
Alguns de vocês não estarão mais tão presentes devido a distância física resultante da mudança, outros, porém, retornarão ao meu convívio cotidiano. E haverá aqueles que conhecerei ainda. E assim a história continua...
Toda mudança acaba sendo um processo de crise... Por isso quero agradecer a todos vocês que participaram ou ao menos testemunharam essa crise... Vocês estão testemunhando o meu parto, isso os tornam cada vez mais significativos em minha vida. Deus Seja louvado por esse momento de Graça!!!

E cantemos todos como salmista:
"Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!" (Sl 117, 24).

domingo, 22 de junho de 2008

Somos sujeitos?

Por Fernando Geronazzo

Esta semana eu assisti um trecho do filme “o show de Truman”, lembra aquele do cara que participa de um reality show desde seu nascimento...

sempre ouvi falar no filme, mas nunca havia assistido, na verdade não assisti ao filme inteiro, mas a parte que eu assisti, da metade pro final, foi o suficiente pra fazer diversas reflexões... Principalmente a cena que mais me chamou a atenção foi no final quando ele enfim sai do mundo fictício em que vivia... Muito boa esta cena!
O enredo do filme nos convida a fazer uma questão significativa: Será que somos sujeitos da nossa vida? Ou ainda, que lugar ocupamos em nossas vidas? De protagonista ou coadjuvante? Eita nóis!

Vamos pensar na noção de sujeito...

Bem, imediatamente quando ouvimos o termo nos remetemos à aula de português, na análise sintática, onde o sujeito é um dos termos essenciais da oração responsável por realizar ou sofrer uma ação ou estado. Certo! Ao sujeito e atribuída uma informação, uma ação um estado, chamado predicado.

Mas o termo sujeito vem do latim Subjecto em contraposição à Objecto, donde vem os termos subjetivo e objetivo. Mas enfim, voltando a nossa questão inicial, á partir dessas informações nossa pergunta se enriquece quando indagamos: em nossas vidas somos sujeitos ou predicados? Ou se preferirmos: Somos sujeitos ou objetos em nossas vidas?

Creio que esta resposta não é tão simples, pois se olharmos para a nossa vida em determinadas situações nos tornamos não só objeto, mas escravos de nossa vida. Quando somos sujeitos os predicados estão a nossa volta e podemos ter uma noção do todo. Exercemos um certo domínio ou controle das diversas realidades que nos predicam, mas quando nos colocarmos na posição de predicados vemos parcialmente, perdemos o controle, isto é, não vivemos a vida a vida nos leva. E se olharmos na perspectiva do objeto, a consequência é pior ainda, nos tornamos escravos do que na verdade deveria ser objeto.

No caso de Truman, ele não era sujeito de sua vida, era até o astro principal, porém não regia de fato a sua vida. Na verdade sua vida era irreal, uma fantasia da cabeça do produtor do programa. Mas num dado momento Truman se deu conta de que tinha que assumir a sua vida, ser sujeito. Só que sua tomada de consciência não veio do nada, veio através de alguém que entrou em sua vida e que o fez perceber do que se tratava sua vida. Essa pessoa foi sujeita, pois agiu diferentemente do que lhe era proposto pelo script do show.

No nosso caso não estamos num show, nossa vida é real... Por isso não percamos tempo!
Então seja o astro da sua história!!!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Por que temos pressa?

Por Fernando Geronazzo

Ultimamente ando refletindo sobre a nossa pressa... Deparo-me com a impaciência que temos diante dos processos da vida. Nunca estamos satisfeitos com o presente. Queríamos estar em outro lugar, em outra situação. Muitas vezes queremos estar no futuro... É isso! Sem percebermos não conseguimos mais viver o hoje... Queremos ir direto para o amanhã. Nós não mais curtimos o momento presente. Ele passa tão rápido que quando vemos já é passado.

Sabe-se que a pressa é fruto da ansiedade. Somos ansiosos demais, não sabemos esperar. E esquecemos que a esperança é inclusive uma virtude. Mas eu percebi que quanto menos nós fizermos na vida, mais ansiosos e pressurosos ficamos. É só prestar a atenção quando nós estamos ocupados, envolvidos realmente no dia-a-dia da vida... Nem percebemos o tempo passar. Porém quando estamos parados, em casa, sem nada fazer...Não agüentamos, parece que o ponteiro dos segundos do relógio não se move. Marque um encontro, por exemplo, se a pessoa que você espera não for pontual... Que agonia... É horrível! E enquanto nós estamos no lugar marcado esperando, não queremos saber de mais nada, só que a pessoa chegue logo. E não vivemos aquele momento da espera. E quando eu falo de espera, estou me referindo a essa espera parada, apática.

Certa vez ouvi um pensamento que dizia que quem espera faz alguma coisa pra mostrar que está esperando. Por exemplo, a mãe que aguarda o filho que não vê há meses. Antes dela ir para o portão esperar seu eterno garoto, ela espera na cozinha, preparando a comida favorita dele, arrumando o seu quarto, deixando tudo pronto para a sua chegada. Será que nós sabemos ter essa espera ativa? O que você está esperando? Um emprego, uma boa notícia, um parente, a pessoa amada? Nós preparamos de fato o nosso coração para este feliz momento? O que eu faço hoje esperando o dia de amanhã? Só espero, parado? O amanhã depende do hoje.

Assim, chegamos à conclusão de que quanto maior for a pressa, maior é o sinal de que não estamos aproveitando a espera. Afinal já diz o ditado: “O apressado come...”

"A lentidão da nossa vida é tão grande que não nos consideramos velhos aos quarenta anos. A velocidade dos veículos retirou a velocidade às nossas almas. Vivemos muito devagar e é por isso que nos aborrecemos tão facilmente. A vida tornou-se para nós uma zona rural. Não trabalhamos o suficiente e fingimos trabalhar demasiado. Movemo-nos muito rapidamente de um ponto onde nada se faz para outro onde não há nada que fazer, e chamamos a isto a pressa febril da vida moderna. Não é a febre da pressa, mas sim a pressa da febre. A vida moderna é um lazer agitado, uma fuga ao movimento ordenado por meio da agitação" (Fernando Pessoa)


domingo, 8 de junho de 2008

Nossa história

A vida acontece na história, e essa história é construída num movimento de continuidades e descontinuidades... Esses são os cilclos da vida. Em cada um desses ciclos, que muitas vezes parecem até que se repetem, nunca deixamos de colher frutos... Descobrimos uma coisa nova da vida, uma realidade nova a nosso respeito, talvez um defeito ou uma qualidade. Mas uma coisa é clara: nunca continuamos os mesmos! De modo que só aprendemos a viver vivendo, como só se aprende a amar amando.
E nessa caminhada da história, não passamos simplesmente, nós fazemos a história... E nesse caminho encontramos e nos deixamos encontrar por aqueles que também estão construindo a sua história... Aí, nos percebemos como pessoas, pois ser pessoa supõe relação. E nessas relações aprendemos e aprendemos... Só aprendemos... A ser GENTE. Cada uma dessas pessoas deixa marcas, registro em nossas vidas. Às vezes, não sempre, deixam registros negativos, mas esses são superados pela grande maioria de registros positivos, pois esses são os que ficam...
Mas nós também deixamos registros positivos nestas pessoas... Eu espero poder sempre ter deixado registros positivos nas vidas de todas elas, mas se deixei algo ruim... Também temos a certeza que pudemos crescer juntos no exercício do perdão e do diálogo... Essa experiência nos remete a um outro dado do ser humano: ser imagem e semelhança de Deus!
Ah! Deus é Aquele que sonha... Sonha e propõe caminhos para nos conduzir a uma única meta: a FELICIDADE... E nos deu a liberdade para caminharmos em direção a essa meta... E para isso é preciso fazer escolhas... E ao escolhermos também renunciamos... Renunciamos por amor não só a Deus, mas a nós e àqueles que amamos...
Eis, portanto, um novo tempo... Tempo de continuidade ou de descontinuidade? Não sabemos... Mas a certeza que temos é a que o amor de Deus em nossos corações nos dá força e confiança para continuarmos com Ele a construção da nossa história!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Vaticano não publicou nova lista de pecados capitais

Por Zenit
Declaração a interpretações de imprensa

A Sala de Comunicação da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales emitiu um comunicado para fazer esta declaração em resposta a vários artigos de imprensa.

«Não existe nenhum edito vaticano novo», declara o comunicado, explicando que a confusão se deve à interpretação que alguns órgãos informativos fizeram de uma entrevista publicada na edição italiana cotidiana de «L’Osservatore Romano», com data de 9 de março.

O entrevistado é Dom Gianfranco Girotti, bispo regente do tribunal da Penitenciaria Apostólica. O penitenciário maior é o cardeal americano James Francis Stafford.

O jornalista Nicola Gori perguntou ao prelado: «Quais são, segundo o senhor, os novos pecados?».

«Há várias áreas dentro das quais hoje percebemos atitudes pecaminosas em relação aos direitos individuais e sociais», responde Dom Girotti.

«Antes de tudo a área da bioética, dentro da qual não podemos deixar de denunciar algumas violações dos direitos fundamentais da natureza humana, através de experimentos, manipulações genéticas, cujos efeitos é difícil prever e controlar.»

«Outra área, propriamente social, é a área das drogas, com a qual a psique se enfraquece e a inteligência obscurece, deixando muitos jovens fora do circuito eclesial.»

Está também «a área das desigualdades sociais e econômicas, pelas quais os pobres se tornam cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, alimentando uma insustentável justiça social; a área da ecologia, que reveste hoje um importante interesse».

Pode-se ler a entrevista original em italiano em http://www.zenit.org/article-13786?l=italian.

terça-feira, 4 de março de 2008

Defender a vida

D.Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo



A Campanha da Fraternidade promovida anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresenta, em 2008, um tema da máxima importância: Fraternidade e defesa da vida; o lema é: Escolhe, pois, a vida (cf Dt 30,19). A vida é um bem para todos e o seu desprezo é uma ameaça para todos. Por isso mesmo, a promoção da dignidade da vida e seu amparo em situações de risco requerem a participação solidária de todos os membros da comunidade humana. Defender a vida é questão de justiça e fraternidade.

A vida, nas suas múltiplas formas e manifestações, é o bem mais precioso da face da terra. Não fomos nós que criamos a vida, mas podemos cuidar dela e também temos o tremendo poder de destruí-la pelo descuido imprudente, ou pela agressão direta. Muitas formas de interferência no ambiente e na natureza trazem sérios riscos à sobrevivência de seres vivos, vegetais e animais. A degradação ambiental, a destruição do verde, a contaminação das águas e do ar desencadeiam mecanismos que podem colocar em perigo a própria subsistência da vida no nosso planeta. É o caso de perguntar: que tipo de mundo e de futuro estamos preparando para as gerações que virão depois de nós?!

Esta Campanha da Fraternidade, porém, não tem seu foco principal na ecologia, mas na vida humana, em relação à qual as preocupações não são menores. A pobreza extrema de amplas camadas da população e a falta de perspectivas para uma solução eficaz para esse problema deixam a vida humana exposta a situações de grave precariedade. A violência endêmica e o crime organizado ceifam numerosas vidas, muitas delas, lamentavelmente, em plena flor da juventude! Há poucas semanas, corria a notícia que, nas últimas 3 décadas, houve mais de um milhão de mortes violentas no Brasil. São dados impressionantes para um país que não está em guerra declarada contra ninguém. Submetida à lógica do mercado e da vantagem econômica, ou abandonada à violência cega ou calculada, a vida humana acaba valendo bem pouco.

Também é impressionante o número de abortos realizados no Brasil todos os anos. Trata-se de seres humanos inocentes e indefesos, rejeitados e excluídos do banquete da vida. Sendo silenciosas e invisíveis, essas mortes violentas nem mesmo constam nas estatísticas oficiais. Como enfrentar esse problema? A questão do aborto não deve ser imediatamente ligada a posições de fé religiosa ou a embates ideológicos, pois envolve o mais elementar direito humano, que vale para não-crentes e para crentes em Deus, da mesma forma: o direito à vida.

E por complicações decorrentes de abortos clandestinos mal-feitos, lamentavelmente, muitas mulheres também acabam perdendo a vida. Legalizar o aborto seria a solução para salvar a vida dessas mulheres? É o que alguns pretendem. Mas essa solução seria cruel e imoral, pois ambas as vidas são preciosas. Valorizar e preservar a vida da mãe e do filho, não seria esta a política pública mais urgente e adequada? Evidentemente, a solução também passa pela educação, para que as pessoas sejam devidamente respeitadas; a prevenção para evitar a disseminação de doenças é necessária; mas será incompleta, se não for acompanhada também pela educação moral, para comportamentos sexuais respeitosos e responsáveis, quer em relação à pessoa diretamente envolvida e à sociedade, quer em relação ao novo ser humano que pode resultar de uma relação sexual.

Ameaça não menos preocupante para a vida humana é a eutanásia, que se caracteriza como uma intervenção intencional e direta para suprimir a vida humana. O ser humano, desde o início da história, sempre teve a tentação de se tornar senhor absoluto da vida e da morte. Mas é fundamental que as lições da história sejam aprendidas; onde o Estado abdica do seu papel de tutelar a vida dos cidadãos, especialmente dos mais frágeis e indefesos, a lei da selva passa a imperar. E onde se concede ao Estado, ou ao próprio cidadão, um poder de vida e de morte sobre as pessoas, a violência e a tirania acabam bem depressa com as conquistas da civilização.

Proteger, defender e promover a vida humana é tarefa primordial do Estado; sobretudo, a vida indefesa e frágil, como a dos seres humanos ainda não-nascidos, das crianças, idosos, pobres, doentes ou pessoas com deficiência. É ação política por excelência, que não deverá ser orientada apenas pelo interesse de grupos, mas requer o envolvimento solidário de todos os cidadãos e organizações da sociedade. A defesa da vida e da dignidade dos outros seres humanos contra toda forma de agressão, prepotência ou aviltamento interessa a toda a família humana; é manifestação suprema de fraternidade.

“Escolhe, pois, a vida” – é o lema tomado do livro do Deuteronômio, na Bíblia. O povo hebreu, libertado da escravidão do Egito mediante a intervenção prodigiosa de Deus, é colocado por Moisés diante da grave alternativa: escolher a vida e um futuro esperançoso para si e seus descendentes, permanecendo fiel aos mandamentos de Deus, ou escolher a morte, andando por outros caminhos e servindo a “deuses” fabricados por mão humana. A Campanha da Fraternidade lembra que esta mesma escolha fundamental também precisa ser feita hoje por nós: a vida, optando por aquilo que contribui para a sua defesa e dignidade, ou a morte, optando por caminhos que descuidam e destroem a vida. Nossas escolhas têm conseqüências e nos responsabilizam eticamente, enquanto seres racionais e dotados de vontade livre.

Esta é a grande questão posta pela Campanha da Fraternidade de 2008. Das nossas escolhas depende a vida humana e o futuro da vida na Terra, nossa casa comum. Esta decisão envolve a solidariedade e a fraternidade de toda a comunidade humana.

Publicado em O ESTADO DE S. PAULO

6/2/2008


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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A Salvação em nossas vidas

Por fernando Geronazzo
Certa vez ouvi de um padre que a história da salvação acontece todos os dias em nossas vidas. Frase bonita imagina ouvir isso numa homilia. Podemos nos imaginar como um Abraão, Isaac ou Jacó. Ou, quem sabe, Moisés, Elias e até João Batista ...

Mas enfim, recentemente parei para refletir nesta frase... e antes que pudesse me colocar no lugar de algum destes personagens, me debrucei nos fatos, acontecimentos e experiências passadas pelo povo de Israel ao longo do Antigo Testamento... E realmente a "frase de efeito" citada tem uma profundidade maior até do que quem a disse pretendia...
Os exemplos não são poucos:
Quantas vezes, como Abraão, desejamos um filho e perdemos a esperança, pois o tempo já passou e não há mais possibilidade? Então quando menos esperamos recebemos este filho (que pode ser interpretado de diversos modos) e o amamos... Ele passa a ser nosso maior bem. De repente Deus pede-nos o filho. Quer que sacrificamos o nosso maior bem... Será que temos a coragem de dar o salto da fé dado pelo patriarca do Povo de Deus?

Ou então será que por diversas vezes não passamos pela experiência do Êxodo em nossas vidas? Adentramos no "deserto" fugindo da escravidão de um "Egito"... E quando estamos durante o caminho, onde não enxergamos nem o caminho de volta nem para onde vamos, aí choramos a saudade das "cebolas deixadas no Egito"... Sentimos sede... Recebemos novas "leis"... Adoramos outros deuses... Qual será a nossa Atitude?

Sem contar a experiência da jovem de Nazaré, interceptada por um anjo...
E o jovem galileu que protagonizou a concretização da salvação da humanidade?

Pois é! Agora resta-nos olharmos para a nossa vida e identificarmos em qual momento estamos desta "História da Salvação". estamos atentos para intuirmos o que Deus nos revela através doa acontecimentos de nossa vida? Será que contribuímos também na história da salvação daqueles que nos cercam? Ou somos meros espectadores, quando não julgamos suas vidas...

É! O ápice da revelação se deu em Jesus Cristo. Portanto, sabemos em quem deve culminar o caminhar da nossa existência... Para acolher a Salvação é necessário acolher o Salvador.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Venerável jornalista espanhol tem milagre reconhecido

Por Zenit.org

Neste sábado, 15, se reuniu a comissão de teólogos convocada pela Congreagção para as Causas dos Santos para estudar uma cura cientificamente inexplicável atribuída ao jornalista espanhol Manuel Lozano Garrido, conhecido como Lolo.O resultado da votação foi de aprovação por unanimidade. Para as próximas semanas, espera-se a convocação da sessão ordinária dos cardeais e bispos que serão chamados a dar seu parecer.Em 17 de dezembro de 2007, Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento da vida e das virtudes heróicas pelo qual lhe outorgava o título de venerável. Em 17 de janeiro passado, uma comissão médica reconheceu como cientificamente inexplicável uma cura atribuída a Lolo.Trata-se da cura do menino Rogelio de Haro Sagra, de "sepse por germes gram-negativos", que aconteceu em 1972, quando ele tinha dois anos e meio. Hoje ele é árbitro internacional de tênis.Lolo nasceu em Linares (Jaén), em 9 de agosto de 1920, e morreu na mesma cidade em 3 de novembro de 1971.Ingressou no aspirantado da Ação Católica aos 11 anos, adquirindo em seu seio uma profunda formação espiritual que o fez viver com alegria sua doença. Durante os longos anos de enfermidade, recebia diariamente a Eucaristia, à qual tinha uma grande devoção.Durante a Guerra Civil Espanhola, sendo Lolo ainda adolescente, distribuía a Comunhão a pessoas que sofriam reclusão, que ele também sofreu por causa de seus ideais cristãos. Foi acentuada sua devoção a Nossa Senhora, a quem rezava diariamente o terço e a quem dedicou alguns de seus escritos.Começou a desenvolver seu trabalho profissional como jornalista em meios de comunicação como o jornal Ya, Telva, Vida Nueva, a agência Prensa Asociada, Signo entre outros.Sua enfermidade começou em 1942 e um ano depois já tinha uma invalidez absoluta. Em 1962, ele ficou cego.Apesar de sua doença, recebeu importantes reconhecimentos profissionais, como o Prêmio Bravo.Em 1956, fundou a Revista Sinai para enfermos.Algumas de suas obras: A cadeira de rodas; As estrelas são vistas à noite; Contos em "lá" sostenido.
MANUEL LOZANO GARRIDO “LOLO”
Jovem de Acción Católica, escritor e jornalista, inválido
-e cego- em cadeira de rodas durante mais de 28 anos