Ultimamente ando refletindo sobre a nossa pressa... Deparo-me com a impaciência que temos diante dos processos da vida. Nunca estamos satisfeitos com o presente. Queríamos estar em outro lugar, em outra situação. Muitas vezes queremos estar no futuro... É isso! Sem percebermos não conseguimos mais viver o hoje... Queremos ir direto para o amanhã. Nós não mais curtimos o momento presente. Ele passa tão rápido que quando vemos já é passado.
Sabe-se que a pressa é fruto da ansiedade. Somos ansiosos demais, não sabemos esperar. E esquecemos que a esperança é inclusive uma virtude. Mas eu percebi que quanto menos nós fizermos na vida, mais ansiosos e pressurosos ficamos. É só prestar a atenção quando nós estamos ocupados, envolvidos realmente no dia-a-dia da vida... Nem percebemos o tempo passar. Porém quando estamos parados, em casa, sem nada fazer...Não agüentamos, parece que o ponteiro dos segundos do relógio não se move. Marque um encontro, por exemplo, se a pessoa que você espera não for pontual... Que agonia... É horrível! E enquanto nós estamos no lugar marcado esperando, não queremos saber de mais nada, só que a pessoa chegue logo. E não vivemos aquele momento da espera. E quando eu falo de espera, estou me referindo a essa espera parada, apática.
Certa vez ouvi um pensamento que dizia que quem espera faz alguma coisa pra mostrar que está esperando. Por exemplo, a mãe que aguarda o filho que não vê há meses. Antes dela ir para o portão esperar seu eterno garoto, ela espera na cozinha, preparando a comida favorita dele, arrumando o seu quarto, deixando tudo pronto para a sua chegada. Será que nós sabemos ter essa espera ativa? O que você está esperando? Um emprego, uma boa notícia, um parente, a pessoa amada? Nós preparamos de fato o nosso coração para este feliz momento? O que eu faço hoje esperando o dia de amanhã? Só espero, parado? O amanhã depende do hoje.
Assim, chegamos à conclusão de que quanto maior for a pressa, maior é o sinal de que não estamos aproveitando a espera. Afinal já diz o ditado: “O apressado come...”
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