terça-feira, 2 de novembro de 2010

Obrigado por me ajudarem a decidir o meu voto

Caros amigos a quem possa interessar,
 
Quero, nesta carta, agradecer sinceramente pela imensa colaboração de vocês para que eu pudesse escolher serenamente em quem depositar a confiança do meu voto.
Devo reconhecer que quando a campanha eleitoral se iniciou as ideias quanto a um candidato estavam ofuscadas. Tanto que no primeiro turno meu voto foi para a terceira opção apresentada entre os candidatos, pois, queria manifestar que não concordava com os dois que estavam à frente nas pesquisas de opinião.
Mas sempre tive bem claro que não carregava em mim alguma ilusão messiânica acerca dos candidatos. Sempre soube que o atual contexto eleitoral não me ofereceria candidato que correspondesse plenamente da real necessidade do país.

Porém, aos poucos, a situação começou a ficar cada vez menos obscura para mim, sobretudo quando começou a campanha para o 2º turno. Graças a muitos de vocês eu fui motivado a prestar mais atenção em uma das candidatas. A “militância” que se insurgiu, utilizando de todos os meios possíveis e impossíveis, para tentar convencer a mim e a muitos outros de que eu não deveria votar em Dilma Rousseff me motivou a prestar mais atenção nas motivações que os levavam a tal comportamento, mas, principalmente a prestar mais atenção na candidata.
A maneira acalorada, por vezes, desesperada com que me encaminhavam e-mails, publicavam-se artigos, enfim, promoviam uma verdadeira campanha em prol da “libertação” da sociedade, me estimulavam cada vez mais a conhecer o que tanto a candidata lhes incomodava.

Quando começaram os discursos apelativos como os sobre a origem “guerrilheira” da senhora Dilma, aí eu realmente me interessei em entender esta afirmação. Para surpresa minha, descobri, sem nenhuma dificuldade, que ela foi uma daquelas que resistiram ao regime de exceção instaurado com o golpe militar de 1964, chegando a ser presa e torturada, como muitos outros que ajudaram na luta pela democracia que hoje nos permite poder debater e questionar o governo. É... A liberdade que vocês não teriam para se expressar como o fazem, caso tivéssemos continuado sob o jugo do regime militar.

Automaticamente, ao exporem esse dado do passado de Dilma, fui obrigado a me remeter aos tantos depoimentos que ouvi durante minha pesquisa para o meu trabalho de conclusão da graduação em filosofia, em 2006, quando abordei “o conflito entre a ideologia militar e a prática pastoral da Igreja de São Paulo na primeira década do regime militar”, orientado pelo ilustre professor Domingos Zamagna, jornalista, ex-dominicano, e testemunha ocular do regime militar.
Tive que me lembrar dos relatos que li e ouvi sobre religiosos, clérigos e leigos, que eram presos na porta das faculdades de filosofia e teologia, pois os militares consideravam subversivos tais ambientes acadêmicos. Quantos irmãos nossos na fé foram presos e torturados, levaram choques elétricos nos testículos, eram literalmente “empalados” com uma barra de ferro no ânus. Isso! Mulheres eram estupradas na prisão e humilhadas, confinadas em cubículos que, hoje, qualquer um pode conhecer. O Memorial da Resistência, na Estação Pinacoteca, no centro da cidade, é um dos lugares que preservam essa memória. Sim. Lá que é possível ver, entre tantos nomes rabiscados na parede de um desses cubículos, o nome da senhora Dilma.
Graças a vocês também pude recordar as histórias que ouvi algumas vezes do cardeal arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, sobre os “anos de chumbo”, em que a Igreja era perseguida tal e qual qualquer outro movimento que questionasse os excessos do governo. Ele mesmo, como pastor daquela que era a maior arquidiocese do mundo na época, entrou muitas vezes nestes presídios para retirar presos políticos agonizantes.
Falo de um período em que o crime era se opor ao regime. Um período onde Dilma, Serra, FHC, frei Tito, Vladmir Herzog, Santo Dias e tantos outros eram, mesmo que em proporções diferentes, “inimigos do Estado”. A diferença é que o senhor Serra, por exemplo, exilou-se no Chile, como tantos outros que ficaram fora do país, outros ficaram aqui, com o povo, sofrendo a opressão...
Foi nesse contexto que a ação pastoral da Igreja começou a se descentralizar. Talvez a comunidade paroquial que você frequenta nasceu nesse período em que a Igreja respondia aos limites do regime com a ação pastoral.

A manifestação de vocês nesse sentido me estimulou a valorizar organismos como o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo, ou a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese, ambos instalados lá na Cúria Metropolitana, sede do arcebispado de São Paulo. Lá há muitos arquivos de processos e históricos de tantos desses “ex-guerrilheiros” que vocês condenam. Quem quiser conhecer estou por lá todos os dias da semana.

Outro aspecto, pelo qual sou muito grato a vocês por terem me chamado a atenção, é quando as suas manifestações começaram a girar em torno de que a eleição de Dilma daria continuidade ao governo paternalista e assistencialista de Lula. Puxa vida! Como eu lhes agradeço por me chamarem atenção a isso. Pois comecei a observar quantas coisas esse governo fez para combater a pobreza, para devolver ou, para alguns, dar pela primeira vez, condições dignas de se viver. Sem a ingenuidade de achar que isso basta, pois, como disse acima, não deposito expectativas messiânicas em nenhum governo.
Em contra partida, fui estimulado a prestar atenção naquilo que o candidato concorrente, que alguns de vocês me apresentavam como solução, fez para esse desenvolvimento aqui no Estado e no município (no pouco período que esteve à frente da prefeitura).
Caramba! Não precisei esmiuçar muito para ver coisas que me desagradaram.  Bastava eu ver minha irmã, de 11 anos, que estuda em escola estadual, a mesma em que estudei parte do ensino fundamental, e perceber que lá não há os tais computadores, não há livros didáticos para todos os alunos – tanto que algumas vezes eles têm que usar livros do ano acadêmico anterior. E, o mais grave, professores despreparados, com limites até de formação básica.  Bem, quanto a isso não posso ir longe, fiz estágio para obter licenciatura em filosofia e vi a realidade dos bastidores de uma escola pública de São Paulo. Vi alunos do terceiro ano do ensino médio que não sabem ler por causa da tal progressão continuada. Sem contar a Saúde. Estou há quase 2 meses com um curativo no dente esperando para poder simplesmente agendar uma consulta em um dos ambulatórios de especialidades médicas do governo do Estado, para marcarem uma consulta quem sabe para depois do Natal. Mas, enfim, não vou me delongar nessas observações, pois são muitas.

Ah! Mas certamente o que mais me estimulou a observar a candidata foi quando a coerência de vocês foi colocada em cheque. Isso sim! Quando resolveram introduzir no debate político a defesa da fé e dos princípios. O empenho de alguns de vocês que, como “arautos da verdade suprema”, começaram a “profeticamente” denunciar o mal existente na candidata e no seu partido, aí sim eu me confrontei com a libertadora experiência da verdade.

O aborto e a defesa da vida entraram em questão, polarizando o debate eleitoral, ao se afirmar que a candidata Dilma Rousseff e todo o seu partido são a favor de tal ato. Com sua eleição, em qualquer esquina da cidade haveria uma clínica de aborto. Alguns chegaram a me mandar vídeos que mostravam fetos espalhados em todos os cantos e tudo mais.
Mais do que me limitar na questão do aborto, que é inquestionável para mim, sou contra e ponto, vocês me ajudaram a perceber que o debate é pertinente e urgente, no que diz respeito às políticas públicas relacionadas à preservação da vida. Fizeram-me com que me espantasse da maneira como abordavam o crime do aborto, às vezes enfatizando mais que a mulher que abortava, seja qual for a circunstância que a levou a isso, antes de ser atendida como uma pessoa, deveria ser tratada como criminosa.
Tal questão também me fez pensar que a defesa da vida, por vezes, é reduzida apenas à realidade do aborto. Dificilmente ouvi dos mesmos “arautos da verdade suprema” um discurso inflamado quanto ao que acontece com garotas de 5, 6 anos de idade  entre 7 e 10 anos e, em alguns casos, até 5 anos de idade que cobram 1 real para “chupar” (como estas mesmas crianças se expressam) um caminhoneiro na beira da estrada. Não ouvi de muitos de vocês, manifestos, cartas abertas, e-mails e artigos em que exigissem dos governantes uma educação de qualidade que valorize a vida e dignidade de nossas crianças e jovens. Também não ouvi nenhum barulho dessas pessoas questionando a maneira abusiva com que nossos trabalhadores são tratados. Isso é defesa da vida também! E quanto à saúde pública? É curioso que não consegui ver dessas mesmas pessoas um debate inflamado em relação ao atendimento nos hospitais públicos a nossa volta.

É muito interessante! Vocês que tentaram me convencer que a Dilma era a personificação do demônio e do mal, mostraram um outro lado, não dela, de vocês. Sabem por que cada vez mais pessoas elitizadas, politizadas e estudadas entram no debate da defesa da vida (apenas em relação ao aborto)? Cada vez mais me convenço que esse debate para muitos é como que "abstrato", etéreo, pois não se vê esse crime a olho nu, por aí. Pra muitos, é muito mais cômodo e fácil se engajar nessa luta, pois fica sempre no campo do discurso.

Agora, quando se trata de todas as outras dimensões da defesa da vida, o engajamento fica para poucos. Quando se trata de ver com os próprios olhos a vida sendo ferida, massacrada, violada, não vejo esses mesmos “arautos” indo ao encontro dessas realidades. Da mesma forma que são muito poucos aqueles que acolhem consigo as mulheres que se decidem a não abortar, ou as crianças que tiveram o seu direito de nascer respeitado. Não vejo muitos acolhendo esses filhos de Deus indefesos que escaparam da morte cruel do aborto. Alguns desses defensores da vida são os mesmos que ignoram aquelas vidas que encontramos nas beiras das esquinas de nossas cidades. Isso sim é demagogia!

Vejam, em nenhum momento o aborto pode ser considerado ou justificado. Essa é aminha opinião. Mas eu me revolto em ver que minimizam a amplitude da defesa da vida apenas a este foco. E, pautados por esse desejo parcial de defesa da vida, essas pessoas se fecham para o grave problema das mulheres que infelizmente não foram tocadas pela luz do Evangelho e, com lei ou sem lei, recorrem a essa prática, pois não tiveram orientação nenhuma e, muitas vezes, suas próprias vidas não foram valorizadas e defendidas o suficiente no passado. O que a sociedade, composta por cristãos e não-cristãos, crentes e não-crentes, precisa entender é se é justo, evangélico e humano apenas abordar essa mulher como criminosa. Será que compete ao Estado julgar uma mulher e punir, quando não lhe é oferecida condições de ser humana o suficiente para não chegar a essa situação? É pra debater sim sobre o aborto. É pra questionar sim sobre o tema. É pra lutar sim pela defesa da vida, mas que seja com coerência e em todos os níveis.

Mas, voltando ao meu agradecimento, vocês contribuíram para que cada vez mais decidisse depositar meu voto em Dilma, pois vocês fizeram o favor de não só polarizar o processo político eleitoral, como concentraram essa questão apenas na Dilma, ignorando ou fazendo vistas grossas ao posicionamento dos demais candidatos.

A mídia e parte da sociedade acusam a Igreja institucional por tornar o pleito de 2010 o mais vergonhoso da história. Não concordo! Por mais que a alguns bispos tenham mostrado parcialidade em seus discursos ou que o conceito de unidade do episcopado tenha sido questionado, a posição da CNBB foi clara e compreensível. Vocês, que travaram essa batalha, é que instrumentalizaram e tripudiaram em cima desse suposto "conflito" entre os prelados, inserindo até um discurso pastoral no Papa na história. Quem regurgitou as notas e declarações, quem disseminou o medo e o terrorismo, quem fez uma “guerrilha” não armada, mas de coação e desrespeito a liberdade democrática do voto, foram muitos de vocês. Literalmente “catando” frases soltas e descontextualizadas de bispos e tentando espalhar a discórdia entre um episcopado que eu acredito que saiba dialogar maduramente.

Por isso agradeço, pois a incoerência de vocês (repito, os que tentaram me convencer a não votar na Dilma) me ajudou a perceber que ela merecia o meu voto, pois sua proposta se identificava muito mais com a necessidade do povo brasileiro, pois, a meu ver, o outro candidato só tem contato com o povo a cada 4 anos nas campanhas. Ou, se quiserem interpretar assim, que seja a “menos pior”. Ah! Quanto às propostas, tenho que reconhecer que também graças a vocês, elas foram mínimas, pois vocês só tinham interesse em um único assunto.

Mas foi graças a vocês e a maneira simplista de militar que eu e mais 55.752.528 de brasileiros decidimos pela continuidade, decidimos em permitir que haja debate em questões polêmicas, que decidimos que, independentemente de leis civis, é pelo anúncio no púlpito e no testemunho que as pessoas mudarão o coração e seguirão aquilo que acreditam como verdade. Não é no medo, não é no “lobe”, não é no discurso barato e fundamentalista que se chegará ao Reino dos Céus.

Bem, muitos outros aspectos da candidata foram ressaltados por vocês, mas já notaram o quanto este texto está longo. Faltou que eu falasse dos casos de corrupção. Mas para que meu comentário sobre este tema seja coerente, teríamos que levantar todos os casos de corrupção e investigar a conclusão de cada processo, seja contra  situação, ou mesmo contra a oposição (afinal, não dá pra negar que a corrupção tem atingido todas as bases, não?). A não ser que nos pautemos apenas no que a mídia hegemônica tem publicado. Mesma mídia que agora está ressaltando os aspectos positivos da Dilma. Acho que não dá pra buscar coerência nesses meios.

Também não destaquei muito que a maneira preconceituosa com que alguns conduziam o debate também me ajudou a perceber como se tretava de uma abordagem simplista e carregada de incoerências... Quem sabe em uma próxima vez eu complemento o meu agradecimento...

Meus mais sinceros agradecimentos! Continuem assim que irão reelegê-la em 2014 ;-)

domingo, 19 de setembro de 2010

60 Anos da TV brasileira!

A Televisão finalmente chega ao Brasil

Fernando Geronazzo
20 de setembro de 1950

A noite de 18 de setembro com certeza entrará para a história da comunicação brasileira. A visão empreendedora do jornalista e empresário Assis Chateaubriand torna o Brasil pioneiro, em toda América Latina, na implantação de um novo meio de comunicação: a Televisão.
O salão do Jockey Clube de São Paulo estava repleto de autoridades e pessoas da alta sociedade para prestigiar a transmissão da cerimônia de inauguração da PRFP 3, a TV Tupi de São Paulo. Diante de um aparelho receptor com uma tela, aquelas pessoas não apenas ouviram, mas também viram a pequena Sônia Maria, de apenas 5 anos dizer “Está no ar a TV no Brasil”.  Dos estúdios da emissora, no bairro do Sumaré, as câmeras mostravam as celebridades, na maioria, vozes conhecidas do rádio, agora vistas, ao vivo, pela televisão.
Às 7h da noite, celebridades, políticos e empresários, já se aglomeravam nos estúdios. Havia mais pessoas por trás das câmeras do que diante delas. Entusiasmado, Chateaubriand anunciou que “no ‘cocuruto’ do Banco do Estado de São Paulo tinha sido instalada a antena que ia levar pioneiramente aos lares paulistas o mais subversivo de todos os veículos de comunicação do século, a televisão”. Além da antena instalada no edifício do banco, outra foi colocada no próprio prédio da emissora. Cerca de 22 televisores foram instalados nas vitrines das diversas lojas revendedoras do aparelho, para que a população pudesse prestigiar a transmissão, além dos que estavam no Jockey.
Com uma hora e meia de atraso, enfim, os paulistanos puderam ver os radialistas Walter Foster, Homero Silva entre outros. Escalada para entoar a “Canção da TV”, Hebe Camargo não poder executá-la, devido a uma rouquidão inesperada. Então, Lolita Rodrigues e Vilma Bentivega entoaram os versos do hino composto pelo poeta Guilherme de Almeida, que dizia: “A cruz que Anchieta plantou: pois dir-se-á que ela hoje acena por uma altíssima antena em que o cruzeiro pousou”.
Algumas daquelas pessoas presentes do Jockey já haviam testemunhado a transmissão experimental da televisão, em 5 de julho, na inauguração do edifício sede dos Diários Associados, na rua Sete de Abril, com a presença do presidente da república, Eurico Gaspar Dutra, onde uma única câmera registrou as imagens reproduzidas pelos dois aparelhos receptores de TV instalados no local.
Enfim, o sonho Chateaubriand foi realizado. Dono dos Diários e Emissoras Associados, e entusiasta das novas técnicas da comunicação, “Chatô”, como é chamado, é conhecido também pelo seu apreço pela cultura. Haja vista o seu papel relevante na fundação do Museu de Arte de São Paulo. Seu envolvimento com a política e sua experiência em fazer bons negócios são favoráveis para que sempre consiga o que quer.
O jornalista nunca escondeu o seu fascínio por trazer ao Brasil a “maravilha” que havia visto nos Estados Unidos. E o investimento para essa façanha não foi pequeno. Cerca de 30 toneladas de equipamentos no valor de 5 milhões de dólares, foram adquiridos para consolidação do sonho de Chateaubriand. Os equipamentos foram fabricados pela empresa americana RCA Victor.
Com os profissionais dos Associados, Chateaubriand começou a delinear a estrutura da primeira emissora de televisão do país. Dois especialistas na montagem de transmissores de rádio, Mário Alderighi e Jorge Edo, foram aos Estados Unidos para adquirirem as primeiras noções para utilização dos novos equipamentos. Dermival Costa Lima, diretor artístico nas Rádios Tupi e Difusora de São Paulo, assumiu a mesma função na televisão. Como assistente, foi convidado o jovem Cassiano Gabus Mendes, de apenas 20 anos, que, na opinião de Costa Lima, tem se mostrado um ótimo escritor de peças de rádio teatro e na produção de programas de auditório.
Mesmo com todo esse aparato técnico e profissional, há um mês, o engenheiro americano Walther Obermüler, diretor da emissora americana NBC TV, chegou ao Brasil para supervisionar as primeiras semanas de funcionamento da TV Tupi. Logo que chegou, a primeira pergunta de Obermüler foi “quantos milhares de receptores foram vendidos pelo comércio à população de São Paulo?”. Foi quando os diretores da nova emissora se deram conta de que nenhum aparelho havia sido vendido.
Chateaubriand logo encontrou a solução. Mandou importar dos Estados Unidos, 200 aparelhos, para chegarem a São Paulo em três dias. Porém, a burocracia do Ministério da Fazenda só liberaria as produtos importados em pelo menos 2 meses. Chatô não pensou duas vezes e buscou vias “alternativas” para que esses receptores chegassem a tempo. Tal fato foi noticiado, recentemente, pelo repórter Edmundo Rossi, no Diário da Noite, ao descobrir que a policia investigava o contrabando de centenas de aparelhos de TV. O repórter, não conhecendo que o seu patrão estava por trás da operação, tornou pública a ação.
Destes televisores, os dois primeiros foram presenteados por Chatô à sua secretária particular, Vera Faria, e ao presidente Dutra, que ainda não poderá utilizá-lo no Palácio do Catete, pois, de acordo com os técnicos da PRF-3, o sinal da emissora só chega a, no máximo, cem quilômetros da cidade de São Paulo. Mas, segundo o diretor da RCA, David Sarnoff, que compareceu à cerimônia de inauguração da TV Tupi, isso será possível em breve. “A televisão dá asas à imaginação, eu prevejo o dia em que ela nos permitirá percorrer com os olhos toda a Terra, de cidade em cidade, de nação em nação”, afirmou Sarnoff.

Texto apresentado como trabalho de conclusão da disciplina Mídia e Cultura Popular, 
no Programa de Especialização em Comunicação Jornalistica da PUC-SP, em maio de 2010.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Em quem (não) votar?



Prezados,
Já de saco cheio de tanta falácia em torno destas eleições, partilho a reflexão do blog de uma grande amiga minha.
Antes disso, quero deixar claro que não quero abrir discussão nem nada parecido. Só quero dar o meu pitaco. Já que todo mundo tem uma palavra "oficial" em nome da moralidade católica...
Sabe, às vezes penso que defendemos mais a "Igreja" do que o próprio Cristo...
Não votar nesse ou naquele candidato por não concordar com seu posicionamento diante daquilo pelo qual é eleito: o exercício da democracia, é uma coisa... Agora, ficar com "discusrsinho" espalhando por ai o medo ou visões unilaterais sobre certas convicções dos candidatos... enfim
Só queria que me apontassem um candidato [à presidência da república] que seja contra a descriminalização do aborto, da união civil entre pessoas do mesmo sexo, entre outras...
Sejamos maduros pra ter noção que este tipo de questão não será decidida apenas pelo presidente da república. Quando tais projetos chegarem em suas mãos já terão passado pelo Congresso...
Tem algum ingênuo que pensa que algum desses candidatos dirá "Bem, vou vetar isso porque sou católico apostólico romano". Ah! Pelo amor de Deus! Um candidato vai se indispor com a maioria parlamentar, acreditando que isso foi discutido e debatido nas comissões e no plenário? Bem, infelizmente a maioria dos parlamentares não irá discutir isso de verdade...
Mas e aí? Se tudo isso for aprovado perdemos uma batalha? Ei, onde está a missão primeira de nós, cristãos, de evangelizar?
Até quando vamos ficar nos respaldando em leis para anunciar o que acreditamos?
Não se trata aqui de se resignar com as coisas. Mas, meu Deus, é nessas ocasiões que vamos, de fato, saber o que significa anunciar o que acreditamos.
O púlpito, nossa ação pastoral e, sobretudo, nosso testemunho de vida que são capazes de fazer acontecer o Reino de Deus entre nós.
Enfim, chega uma hora que temos que desabafar. Mais do que nominar em quem não devemos votar, precisamos mostrar com nossa vida em quem de fato acreditamos, o que buscamos.
É preciso que formemos em nossas comunidades pessoas que sejam capazes de ser presença viva e eficaz de nossos valores no mundo da política. Precisamos proporcionar debates e reflexões maduras acerca da política e de tudo o que a envolve.
Agora, tomemos consciência que independentemente do que o Estado, que cada vez mais se afirma como laico, pense e decida, nossa missão é gerar uma consciência ética em nossos irmãos na fé, para que possam optar pelo o que não convém, movidos pela fé, pela coragem de contradizer o mundo, não simplesmente por que é proibido pela lei civil. Do contrário, nunca conseguiremos mostrar para as pessoas o Caminho, a Verdade e a Vida que definem o próprio Jesus.

Quanto ao blog que citei acima, confiram: http://rosanamanzini.com/Blog/?p=336

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O essencial...

Quando estudei filosofia, nas aulas de metafísica, era muito comum falar sobre essência, matéria, substância e tudo mais... Nos arquivos deste blog certamente há alguma reflexão sobre isso. Porém, a vida vai nos ajudando a aprender o que realmente é essencial.

Temos uma facilidade imensa de encontrar problemas, dificuldades e preocupações. São contas pra pagar, o serviço de telefonia que contratamos e não está sendo prestado como deveria. É o computador que quebra e traz um novo gasto... Enfim, aos poucos, tudo gera uma preocupação...

Mas será que esses são reais motivos de preocupação? 

Muitas vezes essas e tantas outras "preocupaçõezinhas" do dia-a-dia tiram a nossa atenção das coisas que realmente devem nos preocupar... Será que damos atenção para as pessoas que nos cercam?
Como tenho me relacionado com as pessoas que posso dizer que são essenciais? Essa pergunta é extremamente pertinente.

A família, a namorada e os amigos são essenciais em minha vida. Suas angústias, preocupações, e dificuldades e anseios são muito mais importantes que contas, incidentes materiais. Claro que dificuldades financeiras podem comprometer o bem estar da família, mas nunca serão mais essenciais que as pessoas que compartilham a vida com a gente...

Por isso... Hoje pensei, aprendi e falo: 

Não se esqueça do que é essencial.







 "Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração.  
O essencial é invisível aos olhos".
(Saint-Exupéry) 


sexta-feira, 16 de julho de 2010

Viagem de Metrô....




Minhas inspirações sempre surgem quando estou a caminho... Seja de casa para o trabalho ou vice-versa... 

Geralmente no metrô, costumo observar o comportamento das pessoas. É impossível não deixar de prestar atenção em suas conversas... Nelas é possível notar que há diversas histórias. Alguns estão comentando como foi o seu dia, acontecimentos do trabalho. Dependendo do horário, é comum ver algumas domésticas reclamando de suas patroas. Elas entram em tantos detalhes da vida de suas chefes que uma pessoa mal intencionada pode colher todas essas informações para um fim nada honesto... 

Também há os casais de namorados, demonstrando o seu afeto mútuo ou discutindo relação. Há também pessoas que se conhecem dentro do metrô. Começam a se olhar e, com gestos bem discretos, sinalizam um pro outro para descer na estação seguinte e continuarem a se conhecer...

Por outro lado, há pessoas que não interagem nem um pouco com o lugar onde estão. Com seus fones de ouvido, elas se desconectam do que acontece ao redor e chegam ao seu destino sem ter a mínima noção do que aconteceu pelo caminho. Mais desconectados ainda são os que apagam literalmente. Basta encostar na janela e cair no mais profundo sono...

Por falar em sono, existem aqueles que, na verdade, fingem que estão dormindo, principalmente quando estão sentados no assento preferencial entra um idoso, deficiente, mulher gestante ou com criança de colo. Os marmanjos chegam até a babar nessas horas...

Complicado é quando surgem aqueles que querem mesmo chamar atenção. Entram gritando, falando alto, mexendo com as pessoas, até causarem alguma confusão... Confusão? Pegue o metrô em horário de pico que você saberá o que é confusão. Tumulto é pouco para o que acontece com um trem lotado em cada parada...
Isso porque ainda não falei das parada entre estações, quando ouvimos o condutor avisar: “paramos para aguardar a movimentação do trem à frente”. Às vezes eu penso que ele dá umas paradas bruscas pra “acomodar” os passageiros dentro do vagão, igual quando sacudimos a lata pra caber mais biscoito.

Enfim, em uma viagem de metrô muita coisa pode acontecer... Por isso, sugiro que os antropólogos, sociólogos, filósofos e psicólogos considerem o metrô como um vasto e rico campo de pesquisas para suas teses....





quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reforma...

Olá pessoal! (se é que ainda há alguém que continua acessando esse blog)

Ando em falta com este Blog...

Isto não é sinal de que eu não ando pensando...
Na verdade ando pensando em tanta coisa na vida, só não consigo parar pra escrever.

Mas, enfim, o importante que a vida está corrida e as coisas têm acontecido positivamente...

Tenho descoberto muitas coisas, aprendido muito sobre a vida, sobre mim, sobre as pessoas que me cercam, sobre o mundo...

A cada dia, percebo que é preciso acolher as oportunidades da vida. Assim, vamos construindo, hoje, o que buscamos ser no futuro...
Por isso, a reforma é necessária, para rever os conceitos, os pontos de vista e as convicções... Neste processo, como na reforma de uma casa, surgem aspectos que, a princípio, não precisavam passar pela reforma, mas agora vejo que precisam de ajustes...

O curioso é que nem bem acabei de construir esta casa que sou (pouco mais de 26 anos), já preciso ajustar coisas mal finalizadas na construção...
Aos poucos vou entendendo que passarei a vida construindo esta casa e reformando o que precisa. A vida é assim...

Por isso, mãos a obra e até o próximo post. Seja ele uma reflexāo existencial, como esta, ou sobre o dia a dia da vida...

O importante é que vamos pensando e falando, ou melhor, escrevendo...
Inté...

quinta-feira, 18 de março de 2010

A "mina/mano"...



Neste mês, comemoramos o Dia Internacional da Mulher. É um período que em que se destaca, com maior intensidade, a luta das mulheres para alcançarem a dignidade merecida e uma igualdade de valor diante dos homens. Igualdade essa que se configura de diversas maneiras, desde o campo profissional, social, financeiro, religioso. Enfim, uma infinidade de questões que merecem o nosso apreço e apoio.

Porém, hoje eu vi algo que me chamou a atenção para esse aspecto: mulheres que querem ser iguais ao homem naquilo que ele tem de pior.
Estava na minha jornada cotidiana no metrô, quando embarcou uma mulher com uma jaqueta do Corinthians (aviso que sou corintiano também), com pinta de malandra empurrando todo mundo que ocupava um espaço, conseguido com suor, dentro do vagão.

Como se não bastasse a “sutileza” da moça, que tinha um rosto bonito por sinal, uma música em estrondoso volume vinha de sua direção. Não sei dizer que estilo, mas se eu fechasse os olhos eu poderia imaginar um “mano” dos invocados.
Era notável o incomodo das pessoas ao redor. Mas quem tinha coragem de reclamar com a “mina-mano”. Eu rezava para o condutor do trem soltar aquela mensagem pelo auto-falante: “o volume do seu aparelho sonoro pode incomodar os demais usuários...” Mas creio que pelo comportamento da sujeita, a mensagem não iria adiantar.

De repente, Deus parecia ter ouvido as nossas preces. A música parou! Como se eu já tivesse visto o cúmulo do que é tosco, a “pessoa”, tirou o bendito telefone celular do meio dos seios. A cena ridícula tornava-se cômica, pois além do celular (que era dos grandes), que parecia estar lá no fundo, pois tamanha era a dificuldade com que ela tentava encontrá-lo, ela começou a puxar um fone de ouvido (que não sei por que não estava usando)... Estava mais parecendo a maleta do Gato Félix. Faltava pouco para ela puxar a carteira, agenda, maquiagem. Tudo ali dentro.
Quando, enfim, achou o celular, o que ela fez? Colocou em outra música... Começou tudo de novo. Aí ela começou o trabalho inverso de guardar tudo de novo no seu “sutiã de utilidades”.
Aí, toca escandalosamente o telefone. Ela atende não menos escandalosamente:

 – Alô!?
– E aê mano! Firmeza?
[...]
– Ontem? Eu fui pro bar ver a vitória do curintia...
– Fui ver meu timão.... Seleção...
– Bebi pra c@#%&*! ... Desci umas três breja.
[...] Depois, arrumei uma treta com um maluco lá... Mó folgado o vacilão...

Enfim... Assim foi a tortura até chagar à estação Paraíso. Que fez jus ao nome para todos os passageiros que não aguentavam mais o falatório da “indivídua”, que lá desembarcou, ainda no alto papo com o mano.

Pois bem. Concordo com toda e qualquer luta por igualdade de gênero. Mas, por favor! Mulheres, não percam aquilo que lhe é próprio: a delicadeza de ser, a sensualidade, a maturidade, a feminilidade, maternidade... E claro, não percam também a fibra, convicção, segurança e determinação.
Buscamos na mulher, e não é diferente o inverso, alguém que nos complete, que nos complemente. Se for para quebrar as diferenças, pelo amor de Deus, tentem ser iguais a nós homens em alguma coisa que seja boa, se é que há. Por isso, digo para que sejam o que pode haver de melhor no mundo: Mulher.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Nunca é tarde para aprender...


Essa semana, descobri uma loja que vende DVDs usados ou “semi-novos”, como preferir. Fiquei interessado, pois não são “piratas”, mas originais com o preço bem mais em conta. A pequena loja fica no bairro de Santana. O acesso é por uma pequena porta. Lá, pude encontrar inúmeros títulos, desde os clássicos até filmes recentes, além de alguns games. Todos com embalagens em bom estado.

Comecei a percorrer os olhos pelas prateleiras até que achei dois filmes que me interessaram. Um deles do Mazzaropi, pois meu pai é fã do comediante, e pude ver que lá tem todos os filmes dele.

Perguntei ao dono da loja se ele tinha um certo filme ( “O Contato” – com Jodie Foster). Então o senhor simples e educado me disse: “Olha, pode até ter, mas eu ainda não terminei de catalogar todos os filmes”. Entendi, pois realmente as prateleiras estavam cheias de DVDs e notei que estavam meio fora de ordem. Mas imediatamente ele me garantiu que em breve estarão todos catalogados e com o preço nas embalagens. E concluiu dizendo entusiasmado: “Agora eu mesmo posso fazer isso, pois graças a Deus aprendi a ler”. Parei de olhar a prateleiras e me espantei. Não me impressionara simplesmente com o fato dele não saber ler, mas em ver o entusiasmo com que me contara a novidade, e também por ver sua força de vontade em utilizar o novo dom para investir na qualidade se sua pequena “empresa”.

Levei os dois filmes que já havia separado, me despedi do homem, que me entregou o seu cartão prometendo que em breve o atendimento será melhor. Saí da lojinha com a certeza de que voltarei mais vezes.

Testemunhar o passo na vida de alguém não tem preço. Eu não era amigo daquele homem, era a primeira vez que passava por ali, mas ver seu entusiasmo e disposição em fazer sempre o melhor, me serviu de grande exemplo. Aprendi com aquele homem...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Perseguidos...


Recentemente, alguns noticiários relataram os ataques sofridos por diversos grupos cristãos, católicos e ortodoxos, na região do Oriente Médio, como Egito e Iraque.

Nas proximidades do Natal, grupos fundamentalistas, entre islâmicos e judeus ultra-ortodoxos, ameaçam e agridem os cristãos que manifestam a alegria própria da fé celebrada nesta data. São pedradas, cusparadas e até mensagens pelo celular, como a que recebeu o bispo de Kirollos, da diocese de Nagaa Hamadi (Egito), em que dizia: “Agora é a sua vez”. Devido a essas ameaças, o prelado se viu obrigado a terminar a missa de Natal uma hora mais cedo.

Na cidade iraquiana de Bartilla, local predominantemente cristão católico, foi detonado um carro-bomba próximo a um mercado, também nas proximidades do Natal, deixando dezenas de feridos.

Em Israel, um dos mais altos tribunais rabínicos ortodoxos precisou condenar como violações da fé e da moralidade os recentes ataques com cusparadas sofridos por sacerdotes e fiéis cristãos católicos, perpetrados por jovens judeus ultra-ortodoxos em Jerusalém.

Na Argélia, país predominantemente islâmico, onde apenas 2% da população é cristã (entre católicos e protestantes), a manifestação religiosa pública dessa minoria é considerada crime de morte. É expressamente proibida a conversão de qualquer argeliano para o cristianismo. Caso isso ocorra, o convertido é morto e o missionário responsável é deportado.

Missionários da Comunidade Católica Shalom, que residem na capital Argel, contam que só é permitido o atendimento religioso àqueles que já são cristãos e seus descendentes. Caso um argeliano procure o bispo ou um sacerdote para pedir o batismo, o clérigo, em extremo sigilo, orienta o mesmo a deixar o país clandestinamente para preservar a sua vida. Os missionários chamam o seu trabalho de “evangelização silenciosa”, uma vez que apenas com suas presenças é que anunciam a Boa Nova de Jesus Cristo.

No país mais populoso do mundo, a China, que vive sob o regime comunista, até a religiosidade pertence ao Estado. Lá existe a Igreja Nacionalista, com as mesmas características e organização da Igreja Católica, porém com uma significativa diferença, a eleição dos bispos, escolha dos padres bem como a autorização do ingresso de jovens ao seminário competem ao governo. Mas a Igreja Católica Romana sobrevive no país na clandestinidade. As celebrações acontecem nas casas, escondidas, de tempos em tempos o bispo, padres e seminaristas são obrigados a mudar de casa para que não sejam descobertos. As ordenações acontecem a portas fechadas, e apenas depois que os novos padres são apresentados ao povo.

Apesar de estarmos em pleno século XXI, dois mil anos distantes das perseguições da Igreja primitiva, nossos irmãos na fé passam por esses sofrimentos e provações. Qual é o crime destes? Manifestar sua fé no Salvador.

Certa vez, um missionário chinês que vive há mais de 50 anos no Brasil disse: “Onde tem perseguição, os católicos são mais fervorosos”, apontando que na china fervem as vocações.

E ele têm razão! É comprovado que em regiões onde existem perseguições e crescente intolerância religiosa, as manifestações de fé são mais profundas e consolidadas. De maneira que aquele que se diz cristão, o faz convicto do encargo e valor que essa confissão acarreta.

Estes não são influenciados pelo meio ou pela cultura presente nas nações predominantemente católicas, em que o simples fato de nascer já configura qual a religião seguida.

Ao ler e ouvir relatos de massacres aos nossos irmãos, nosso coração arde, como o coração de quem sente a dor que aquele que compactua do mesmo sangue, derramado na Cruz.

São confessores e mártires de uma fé cujo o sangue continua sendo derramado. São cristãos no sentido mais profundo da palavra, “outros Cristos” que, como o mestre, são humilhados e açoitados, levam bofetões e cusparadas pelo simples fato de serem o que são.

O que nos cabe? Primeiramente uma conversão sincera do coração, um testemunho de fé digno do nome que carregamos desde o batismo. Cabe-nos, também, a compaixão e comunhão com estes irmãos que sofrem em terras longínquas.

Que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, aqui e em toda parte.

Pois somos todos membros de um mesmo corpo, que ainda sangra, mas que ama e busca a vida eterna.