quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Falo... Logo Penso?

Estou há horas parado na frente do computador pensando no que escrever... Penso em muitas coisas, mas não sei o que falar.... Afinal tenho que fazer jus ao nome desse blog...

Agora, será que podemos falar tudo o que nos vem à mente? Tudo o que pensamos é pra ser falado? Eis uma questão a se pensar e falar: quando devemos falar e quando devemos nos calar...

A “liberdade de expressão” é um direito constitucional. Entre os jornalistas é sempre frisada a “liberdade de imprensa”. Isso é fato, mas a consciência e o bom senso vêm antes da norma. Existe um princípio quase esquecido hoje em dia: a ética.

Mas não é preciso entrar no campo da ética para tratar desse assunto, basta ficar no bom senso... Nem sempre é pertinente fazermos determinados comentários ou emitir certas opiniões... É preciso levar em consideração a quem estamos dirigindo em que contexto estamos tratando determinado assunto e se essa pessoa vai interpretar da mesma forma que nós... E ainda mais se quando elas passarem a diante essa informação será com a mesma precisão ou intenção que tínhamos ao falar... Nossa! Se levarmos em consideração tudo isso... É melhor então não falar.. .Permanecer quietos... Ah! Mas assim também “não poooode!” Porque não seria fruto do bom senso, mas medo, pois temeríamos a repercussão do que falamos a quem nos ouve... Toda ação leva a uma reação, e essa reação é natural, faz parte do processo de comunicação.

Okay! Se olharmos por esse lado a solução não é não falar.. Mas sim, sempre pensar antes de falar (por isso “pensa... E fala...”). Só que fiquemos calmos.. Esse processo de pensar antes de falar não é uma grande reflexão filosófica que temos que fazer antes de verbalizar qualquer coisa... Por isso que falei de bom senso. Acontece naturalmente.

O simples fato de sabermos quem somos (ou o que representamos), o que queremos e com quem e onde estamos falando já bastam para sabermos se é ou não pertinente falarmos... Isso não é limitar a nossa liberdade de expressão, mas é exercê-la na sua plenitude, tendo consciência das conseqüências que ela pode nos trazer... E diante das conseqüências nem sempre somos livres... Experimente, por exemplo, bater com um martelo no seu dedo. Você foi livre para martelar o dedo, mas não é livre para não sentir dor... Portanto, tendo ciência disso... Fale o que quiser...

Ah, mas tem outro porém. Além de sabermos se vamos agüentar as conseqüências, devemos pensar nas conseqüências que o que falamos vai trazer para quem nos ouve...Toda informação quando é transmitida altera, de alguma forma, quem a recebe...

Putz! Complicado demais! Será que é melhor ficar calado então? Bem, esse talvez seja o caminho mais fácil... Mas isso também traz conseqüências, a começar pelas dores de estômago, úlceras, estresse, e a terrível sensação de ter sido omisso diante de alguma situação..

Bem, meus caros amigos, não tem escapatória... Pensando ou não o ser humano se comunica... E a única forma de aprender a se comunicar é comunicando-se...

Com bom senso ou não, falaremos o que estiver engasgado... Afinal se pensarmos muito nunca sairá aquele “vai tomar no **” que muitas vezes nos relaxa e liberta da raiva que nos domina...

Então: pensem, falem, comuniquem-se, para não se trumbicarem.

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